As histórias, todos o sabem, são os primeiros contatos das crianças com a vida. Através delas a inteligência infantil transpõe os limites do ambiente doméstico, e aprende as noções iniciais sobre a sociedade humana, com as inúmeras diferenciações que comporta, as atrações que oferece, os deveres que impõe, as decepções que traz, e o jogo complicado das paixões nos altos e baixos desta grande luta que é a existência. “Militia est vita hominis super terram”, diz a Sagrada Escritura (Job 7,1). “Militia”, sim, em que uns lutam por seus interesses pessoais, legítimos e ilegítimos, e outros lutam contra o mundo, contra o demônio, contra a carne, para a maior glória de Deus. As primeiras noções sobre esta “militia”, as impressões mais fundas que o homem recebe relativamente aos aspectos essenciais dessa luta e à sua posição perante ela, recebe-as nos seus primeiros anos.
A Igreja ensina que Deus criou os Anjos muito superiores a nós. Puros espíritos, de inteligência lucidíssima e grande poder, excedem por sua natureza mesmo os homens mais bem dotados. Com sua revolta, os Anjos maus perderam a virtude, não porém a inteligência, nem o poder. Deus costuma frear a ação deles mais ou menos, segundo os desígnios de sua Providência. Mas de per si, e segundo sua natureza, continuam eles muito superiores ao homem.
No Antigo Testamento a economia da graça era muito severa, de maneira que nossos primeiros pais encontravam dificuldade na prática da virtude, pois deviam observar os preceitos de Deus, sem terem os recursos que, no Novo Testamento, Nosso Senhor Jesus Cristo concedeu à Sua Igreja para auxílio dos fiéis. Eles são inúmeros, estando entre os mais importantes os Sacramentos.
O sistema adotado por Nossa Senhora para se comunicar era extremamente expressivo. Francisco apenas via Nossa Senhora e não a ouvia; Jacinta via e ouvia; Lúcia via, ouvia e falava com a Santíssima Virgem, num conjunto de aparições tremendamente importantes para o desfecho da crise da Revolução aberta com o Protestantismo, o Humanismo e a Renascença, uma crise que haveria de encontrar sua expressão mais categórica no igualitarismo proclamado de modo mais descarado pela Revolução Francesa e depois ainda mais descarado pela Revolução Russa.
Pergunta: Fiquei chocada quando li que o Papa Francisco tinha afirmado na TV italiana que achava, ou pelo menos desejava, que o inferno estivesse vazio. Fui falar com meu pároco, que se limitou a responder-me: “Se antes de conceber seu filho, você soubesse que ele passaria a eternidade no inferno, você ainda traria seu filho a este mundo?” Meio hesitante, eu disse que não. O padre me retrucou: “Se Deus deixa pessoas sofrendo eternamente no inferno, então Ele seria menos misericordioso que você”. Por minha vez, repeti-lhe que rezamos no Credo que Jesus virá, no fim do mundo, “julgar os vivos e os mortos”, mas que isso não teria sentido se algumas sentenças, pelo menos, não fossem de condenação. Confesso que fiquei perplexa.
Pergunta — Por que a Igreja proíbe comer carne nos dias de jejum e nas sextas-feiras? Agindo assim, não mostra certa reticência a este alimento, dando razão aos adeptos do regime vegano? Pergunto isso porque um colega de trabalho, que é vegetariano, me fez esse comentário e eu não soube responder. Obrigada.
A primeira etapa: concepção pela inteligência; segunda, geração; terceira, nascimento. Realizada essa etapa, pela lei do Antigo Testamento, as mães que tivessem uma criança deviam, logo que possível, ir ao Templo para apresentar o menino a Deus e se purificarem. Essa era uma regra que toda boa mãe israelita cumpria. Aliás, linda regra, na qual se espelha a santidade de Deus.
A criança nasce, nasce no meio de perigos. Toda gestação tem perigos. Mas, afinal, ela nasceu. Ó sucesso! Ó sucesso feliz! A mãe toma a criança e logo que ela, mãe, está melhor, que pode viajar e pode ir ao Templo, vai até o Templo e oferece a Deus aquele menino que é de Deus pois que Deus o criou, para que seja filho de Deus e viva para Deus. A antiga lei tornava isso obrigatório.
“Deixai de lado todas estas coisas: ira, animosidade, maledicência, maldade, palavras torpes da vossa boca” (Colossenses 3,8).
PERGUNTA – Um amigo me comentou recentemente que havia parado de dizer palavrões, pois lhe tinham dito que era pecado. Acrescentou que recomeçara, porque não via nada de prejudicial nisso, desde que evitasse insultar a Deus, ofender injustamente o próximo ou proferi-los em situações inapropriadas — num exame oral, numa entrevista para conseguir emprego, por exemplo. Acrescentou ainda que, sendo colérico, era justificável liberar a pressão da panela soltando palavrões. Objetei que tal hábito não condiz com a boa imagem de um católico. Ele me respondeu que quase todas as pessoas gostam de ouvir palavrões e que estes até ajudam a apimentar as conversas e a fazer-se passar por simpático. O que o senhor tem a dizer a respeito?
A Imaculada Conceição teve um papel essencial em vários episódios muito importantes da história da Cristandade. Um dos menos conhecidos é o chamado Milagre de Empel onde a intervenção da Imaculada determinou a vitória dos regimentos católicos espanhóis em guerra contra os protestantes holandeses em Flandres. O escritor espanhol José Javier Esparza dedicou uma valiosa matéria publicada pelo jornal “La Gaceta” de Madri sob o título “Empel: Um tercio para um milagre”, reproduzido por Infovaticana.