Desde que o pecador se arrependa, tudo pode da Misericórdia de Deus.

Descrição de um êxtase de Santa Gemma Galgani feita pelo Padre Germano de Santo Estanislau, seu diretor espiritual e autor da sua biografia.

 

Era uma quinta-feira. A meio do jantar, Gema, pressentindo o êxtase, levantou-se da mesa, e retirou-se tranquilamente para o quarto. Pouco depois, D. Cecília, sua mãe adotiva, chamou-me; segui-a e encontrei a donzela em pleno êxtase, na ocasião em que travava com a Justiça Divina uma viva luta, cujo fim era aconversão de um pecador. Confesso que em minha vida nunca assisti a um espetáculo tão comovedor.

A extática, sentada sobre o seu pobre leito, voltava os olhos, o rosto, toda a sua pessoa para o ponto do quarto em que o Senhor se encontrava. Comovida, mas sem agitação, mostra-se resoluta, na atitude de uma pessoa que discute e que quer vencer a todo custo. Começou assim:

“Já que viestes, Jesus, pedir-Vos-ei de novo pelo meu pecador. É vosso filho e meu irmão, salvai-o, oh,  Jesus”. 

Em seguida nomeou-o.

Era um estrangeiro que ela tinha conhecido em Luca e a quem muitas vezes já, levada por uma inspiração interior, tinha advertido de viva voz e por escrito, que pusesse em ordem a sua consciência e não se contentasse com a fama de bom cristão, de que gozava entre o povo.

Ora Jesus, surdo às recomendações da sua serva, parecia decidido a trata-lo como justo juiz. Gemma continuou sem desanimar:

“Porque é que hoje não me ouvis, oh,  Jesus! Tanto fizestes por uma só alma e a esta recusais salvá-la? Salvai-a, Jesus, salvai-a! ¹[Nesta altura do êxtase Jesus deve ter-lhe dito que abandonava de uma vez esse pecador. Só assim se explica o que se segue].

“Sede bom, Jesus, não me faleis assim. Na boca de Quem é [em Si] a Misericórdia, esta palavra “Eu o abandono”, não soa bem; não deveis pronunciá-la. Vós derramastes, sem medida, o vosso sangue pelos pecadores. E agora quereis medir a quantidade dos nossos pecados? Não me ouvis? A quem hei de eu recorrer então? Derramastes o vosso sangue por ele, assim como por mim.

“Salvais-me a mim, e a ele não? Não me levantarei daqui; Salvai-o. Dizei-me que o salvais. Ofereço-me como vítima por todos, mas particularmente por ele. Prometo-Vos que nada vos hei de recusar. Dais-me? É uma alma. Pensai nisso. Jesus, é uma alma que vos custou muito. Virá a ser boa e há de corrigir-se”.

Por única resposta, o Senhor continuou a opor a Divina Justiça. E Gemma continuou também, animando-se cada vez mais:

“Eu não procuro a vossa justiça, mas a vossa misericórdia. Por quem sois Jesus, ide ter com esse pobre pecador, e dai um terno abraço ao seu coração. Vereis que ele se converte. Experimentai ao menos… Ouvi, Jesus, Vós, como dizeis, tendes multiplicado os assaltos para o ganhar, mas nunca lhe chamaste vosso filho; experimentai. Dizei-lhe que sois seu pai e que ele é vosso filho. Vereis, vereis que, a este doce nome de pai, o seu coração endurecido se há de abrandar”. 

Nesta ocasião, o Senhor, para mostrar à sua serva os motivos desta severidade, descobriu à ela, uma por uma, com as mais pequenas circunstâncias de tempo e de lugar, as faltas deste pecador, concluindo por dizer que a medida estava cheia.

A pobre menina, que repetiu em alta voz toda esta confissão, ficou espantada: os braços caíram-lhe; soltou um profundo suspiro, pareceu ter-lhe fugido toda a

Santa Gemma Galgani

esperança de vencer.

De repente dissipa-se o seu abatimento e volta à carga:

“Eu sei, eu sei, que ele vos ofendeu muito, mas não vos tenho eu ofendido mais? E não obstante, tendes usado de misericórdia para comigo. Eu sei, eu sei, Jesus, que ele vos fez chorar, mas neste momento não deveis pensar nos seus pecados, deveis sim, pensar no vosso sangue derramado. Que bondade tendes tido para comigo! Usai para com o meu pecador, eu vo-lo peço pela vossa caridade”. 

Entretanto o Senhor permanecia sempre inflexível e Gemma voltou a cair no mesmo desalento. Está em silêncio, parecendo abandonar a luta, quando de súbito brilha no seu espírito um outro motivo que lhe parece invencível.

Retoma a coragem e exclama:

“Bem, eu sou uma pecadora, não podereis encontrar ninguém pior do que eu, Vós mesmo que me dissestes. Não, não mereço, confesso-o, não mereço que me atendais. Apresento-Vos, porém, outra intercessora: é a vossa própria Mãe, que vos pede em seu favor. Ides dizer que não a vossa Mãe? Certamente a Ela não o podereis fazer. E agora dizei-me, Jesus,  que o meu pecador está salvo”. 

Desta vez alcançou vitória. O misericordioso Senhor concedeu a graça e a cena mudou-se de aspecto. Com um ar de alegria indescritível, Gemma exclamou:

“Está salvo, está salvo! Vencestes Jesus, triunfai sempre assim”.

E saiu do êxtase.

Este espetáculo, verdadeiramente admirável, tinha durado boa meia hora. Para o descrever, utilizei as próprias palavras de Gemma, recolhidas à pena na ocasião ou cuidadosamente confiadas à minha memória.Tinha-me retirado para o meu quarto, entregue a mil pensamentos, quando ouvi bater à porta. Anunciaram-me que era um indivíduo estranho. Mandei-o entrar. Lançou-se a meus pés, chorando, e pediu-me que o confessasse. Meu Deus, qual não foi a minha surpresa! Era o pecador de Gemma, convertido poucos momentos antes. Acusou-se de todas as faltas reveladas no êxtase pela serva de Deus, esquecendo somente uma, que lhe pude recordar. Consolei-o, contei-lhe a cena que acabava de se dar e obtive dele autorização de publicar estas maravilhas do Senhor.

Depois de termos nos abraçado, despedi-o.

Fonte: A Flor da Paixão  – Pe. Germano de Santo Estanislau

 

O astronauta que levou o Santíssimo Sacramento para o espaço.

 

O astronauta que levou o Santíssimo para o espaço

 

Na Estação Espacial Internacional, apesar de estar cheia de equipamentos robóticos, há um ambiente especialmente procurado.

Trata-se da “Cúpula”, um pequeno módulo com sete janelas, de onde os membros da tripulação podem apreciar espetaculares vistas panorâmicas do nosso planeta, noticiou a agência Aleteia.

O astronauta americano Michael S. Hopkins, “Mike”, coronel católico pertencente à Força Aérea, desejava ansiosamente ir à Cúpula, porque o que via lá o

Coronel e astronauta Michael S. Hopkins.

deixava maravilhado.

“Quando você vê a Terra daquela perspectiva e observa toda a beleza natural que existe, é difícil não querer ficar lá e concluir que tem que haver uma força suprema que criou tudo isso“, declarou.

E, para surpresa de muitos, em 2013, na Cúpula, Mike rezava e… comungava!

Isso porque, graças a um acordo especial com a arquidiocese de Galveston-Houston e a ajuda do Pe. James H. Kuczynski, pároco da igreja de Santa Maria Rainha em Friendswood, Texas, o astronauta, que é fiel daquela paróquia, pôde levar consigo uma píxide com seis hóstias consagradas, explicou Aleteia.

Cada uma delas estava partida em quatro pedaços, de modo que ele pudesse comungar uma vez em cada uma das 24 semanas de sua permanência na Estação Espacial Internacional.

“Era extremamente, extremamente importante para mim”, enfatiza Mike, hoje com 47 anos de idade.

O astronauta cresceu em uma área rural nos arredores de Richland, Missouri, filho de pais metodistas. Pouco antes de viajar para o espaço, após aprender o Catecismo, Mike tornou-se católico.

Sua conversão, segundo ele, foi motivada não só porque sua esposa e suas duas filhas adolescentes são católicas, mas porque “eu sentia que faltava algo na minha vida”.

Mike fez duas caminhadas espaciais para trocar uma bomba do módulo, junto com o colega Rick Mastracchio.

Antes de sair da estação, ele comungou.

“O nível de estresse nessas atividades pode ser muito alto”, continua ele, em conversa com a agência Catholic News Service. “Saber que Jesus estava lá comigo, no vazio do espaço, era importante para mim”.
Mike relata que as práticas de fé na estação espacial são comuns, especialmente entre os astronautas católicos, e que existe respeito por elas.

“Meus colegas sabiam que eu tinha a Eucaristia comigo”, reforça ele.

“Eu me coordenava com o meu comandante russo. Ele sabia o que era. Todos sabiam, mas eu não fazia alarde. Eles respeitavam a minha fé e o meu desejo de vivê-la, mesmo lá, na órbita espacial”.

A Cupula da Estacao Espacial Internacional onde o astronauta comungava

A agência Zenit comentou que as fotos do astronauta rezando naquela “capela espacial”, dentro da “cúpula” que servia de átrio tecnológico de cristal se espalharam pela rede.

O fato lembrou a muitos da Noite de Natal de 1968, quando o astronauta americano Frank Borman, a bordo da Apolo 8 em órbita em torno da Lua, leu ao vivo pela televisão o livro do Gênesis.

Em 1994, os astronautas Sid Gutiérrez, Thomas Jones y Kevin Chilton rezaram juntos no Shuttle, voando a 125 milhas por cima do Oceano Pacífico.

O astronauta Mike Massimino, no ano 2000, quis se confessar antes de partir. Além do mais, levou consigo uma bandeira da Cidade do Vaticano, a qual, de regresso à Terra, entregou ao Papa João Paulo II, reinante nesse momento.

A Sagrada Eucaristia, os Sacramentos e os símbolos católicos, em graus diversos que vão do divino ao humano, têm um valor tal que inspiraram todas as formas de devotamento imagináveis (e inimagináveis) ao longo dos séculos.

Diante dessas manifestações de fé, o que dizer dos que pretendem justificar a distribuição da Eucaristia a quem não está em condições de recebê-la, com grave profanação, sacrilégio e desrespeito?

 

fonte: http://luzesdeesperanca.blogspot.com.br/2016/07/o-astronauta-que-levou-o-santissimo.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed:+LuzesDeEsperana+(Luzes+de+Esperan%C3%A7a)

Clareza! O exemplo de uma médica católica no Sínodo dos Bispos 2015

A Dra. Anca-Maria Cernea, Presidente da Associação dos Médicos Católicos de Bucareste (Romênia) durante o passado Sínodo sobre a família, em outubro de 2015, apresentou ao Papa Francisco e aos bispos uma posição admirável pela clareza e fidelidade ao ensinamento da Igreja sobre a família, aplicada às complexidades das circunstâncias atuais.

A clareza!

Hoje cada vez a grei católica sofre pela falta de clarezanaquele Sínodo e pela confusão que vem suscitando aExortação Pôs-sinodal “Amoris Laetitiae” no mundo.

Eis as palavras da corajosa médica, segundo a Sala de Imprensa da Santa Sé:

“Sua Santidade, Padres Sinodais, irmãos e irmãs, eu represento a Associação dos Médicos Católicos de Bucareste.Eu pertenço à Igreja Católica Greco-Romena.

Meu pai era um líder político cristão, e foi preso pelos comunistas por 17 anos. Meus pais estavam prestes a se casar, mas seu casamento

No Sínodo sobre a família 2015, a Dra. Anca-Maria Cernea
apresentou posição admirável pela clareza
que está faltando na ‘Amoris Laetitiae’

aconteceu 17 anos depois.

Minha mãe esperou todos esses anos pelo meu pai, embora ela nem sabia se ele ainda estava vivo.

Eles foram heroicamente fieis a Deus e a seu compromisso.

O exemplo deles mostra que a graça de Deus pode superar as terríveis circunstâncias sociais e pobreza material.

Nós, como médicos católicos, defendendo a vida e a família, podemos ver que isso, antes de tudo, é uma batalha espiritual.

A pobreza material e o consumismo não são a causa principal da crise da família.

A principal causa da revolução sexual e cultural é ideológica.

Nossa Senhora de Fátima disse que os erros da Rússia se espalhariam por todo o mundo.

Tudo começou sob uma forma violenta, o marxismo clássico, matando dezenas de milhões.

Agora ele está sendo feito sobretudo pelo marxismo cultural.

 

Há uma continuidade da revolução sexual de Lenin, através de Gramsci e a Escola de Frankfurt, e atualmente com os direitos gays e a ideologia do gênero.

O marxismo clássico pretendia redesenhar a sociedade, através da violenta tomada da propriedade.

Agora, a revolução é mais profunda; ela pretende redefinir a família, a identidade sexual e a natureza humana.

Essa ideologia se autodenomina progressista. Mas isso não é nada mais do que a oferta da antiga serpente, para que o homem assuma o controle, substitua a Deus, para providenciar a salvação aqui, neste mundo.

É um erro de natureza religiosa, é o Gnosticismo.

É tarefa dos pastores reconhecer isso e avisar o rebanho contra este perigo.

“Buscai, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”

A missão da Igreja é salvar almas. O mal, neste mundo, provém do pecado. Não da disparidade de renda ou “mudança climática”.

Nossa Senhora de Fátima

A solução é: Evangelização. Conversão.

Sem um crescente controle do governo. Sem um governo mundial.

Estes são hoje os principais agentes que impõem o marxismo cultural em nossas nações, sob a forma de controle populacional, saúde reprodutiva, direitos dos homossexuais, a educação de gênero, e assim por diante.

O que o mundo necessita hoje em dia não é a limitação da liberdade, mas a verdadeira liberdade, a libertação do pecado. Salvação.

Nossa Igreja foi suprimida pela ocupação soviética. Mas nenhum dos nossos 12 bispos traiu sua comunhão com o Santo Padre.

Nossa Igreja sobreviveu graças à determinação e exemplo de nossos bispos em resistir às prisões e o terror.

Nossos bispos pediram à comunidade para não seguir o mundo. Não cooperar com os comunistas.

Agora precisamos de Roma para dizer ao mundo: “Arrependam-se de seus pecados e voltem-se para Deus pois o Reino dos Céus está próximo”.

Não somente nós, leigos católicos, mas também muitos cristãos ortodoxos estão ansiosamente rezando por este Sínodo.

Porque, como dizem, se a Igreja Católica ceder ao espírito deste mundo, vai ser muito difícil para todos os outros cristãos a resistir a ele.”

A Romênia guardou a fé sob a perseguição comunista porque os bispos não se pactuaram com o mundo.
É isso o que devem fazer os Papas e os bispos hoje.
Assista o video:  https://youtu.be/CspdDBtr7So

fonte : http://luzesdeesperanca.blogspot.com.br/

Padre Manoel da Nobréga

IHS – Ad majorem Dei gloriam
             Mais um livro em nosso site.
             Temos grande admiração pelos nossos primeiros missionários em especial pelo  Padre Manoel da Nóbrega.
              Esta admiração nasceu ao estudarmos sua incansável atividade que colaborou imensamente para tornar católico este nosso imenso país. Isto se deu em especial com  sua participação na expulsão do herege francês em sua tentativa de implantar uma colônia calvinista no Rio de Janeiro. Também como superior da Ordem que está entre as primeiras a catequizar nosso silvícola.
             Ai vai nossa homenagem a este herói de nossa nacionalidade e a todos aqueles que lutaram e lutam para manter o Brasil nas vias da Civilização Cristã. Click aqui

Quando os cães precisam apontar a presença real de Jesus Cristo

Quando os cães precisam apontar a presença real de Jesus Cristo

Sergio Bertoli (*)

           O que entendemos por milagre na doutrina da Igreja Católica, Apostólica, Romana? – Trata-se de um fato, ou melhor, de um acontecimento que contraria as leis da natureza. Nosso Senhor Jesus Cristo realizou incontáveis milagres, sendo o da própria ressurreição o maior de todos, pois se não tivesse ressuscitado nossa fé seria vã.

Milagre é também um dos aspectos da vida dos Santos e uma confirmação marcante da veracidade da Igreja, que na sua sabedoria e prudência foi sempre muito cautelosa na comprovação de um milagre. Exemplo disso ocorre em Lourdes, na França, onde de 1858 até hoje houve incontáveis milagres operados, embora os reconhecidos pela Igreja ainda não cheguem a setenta.

A Igreja sempre incentivou os fieis a fortalecerem sua fé admirando e contemplando os milagres. Por exemplo, há muitos deles relativos à Presença real de Nosso Senhor Jesus Cristo na Hóstia consagrada. Talvez o mais conhecido seja o de Lanciano, Itália. No site www.americaneedsfatima.org consta a narrativa de um milagre eucarístico relativamente recente, digna de figurar na Legende dorée ou nos Fioretti de São Francisco de Assis.

No último dia da estadia de João Paulo II aos EUA, em 1995, ele visitou em Baltimore o seminário de Santa Maria. Quis também fazer uma visita não programada à capela do Santíssimo Sacramento. Sentindo os responsáveis pela sua segurança a necessidade de uma ágil tomada de precauções, puseram-se a percorrer as salas e demais dependências com cães farejadores, utilizados em desabamentos de prédios e catástrofes naturais.

O objetivo era localizar eventuais pessoas escondidas no local com intenções escusas. Os cães esquadrinharam a Capela e nada encontraram. Farejaram também o altar do Santíssimo Sacramento, e não encontraram ninguém. Quando chegaram diante do Sacrário, pararam e olharam fixamente, como procedem quando há alguém entre os escombros.

Com os olhares fixos no Sacrário, cheiravam, grunhiam e se recusavam a sair do local, apresentando todas as características de estar ali uma pessoa escondida. Na verdade, não havia ninguém, exceto no interior do tabernáculo, onde estava realmente o verdadeiro corpo, sangue, alma e divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo. Os cães só se retiraram depois de receber ordens dos seus responsáveis.

Inteirei-me do acontecimento apenas agora, ou seja, 20 anos depois, apesar da rapidez sideral dos meios de comunicação de nossos dias. Com efeito, tamanha é a indiferença das pessoas de hoje em relação ao sobrenatural e à Religião, que Deus Se serviu desses cães para lhes dar uma lição de credulidade. Se estivéssemos nos tempos medievais, tal acontecimento seria certamente imortalizado em maravilhosos vitrais de várias de suas imponentes catedrais.

(*) Sergio Bertoli é jornalista e colaborador da ABIM

Fonte: Agência Boa Imprensa – (ABIM)

A morte de São José

A morte de São José

Gregório Vivanco Lopes

No dia 19 de março comemora-se a festa de São José. A propósito, é oportuno reproduzir o Conto inspirado no conjunto escultural representando São José em agonia (foto), que se venera na igreja de São José, no centro do Rio de Janeiro, ao lado da Assembleia Legislativa.

 

São José chegara ao fim de seus dias. Ninguém como ele, entre tantos varões veneráveis que o precederam na santidade, fora incumbido de missão tão alta. Ele era o guarda e protetor do Filho de Deus feito homem e de sua Mãe santíssima.

Deus Pai o escolhera pessoalmente para esse mister elevado entre todos. E São José cumprira sua missão com tanta perfeição, tanta dignidade, tanta humildade junto a seus inefáveis protegidos, tanta força e astúcia contra os inimigos de Jesus, insuflados por toda parte pelo demônio, que esteve inteiramente à altura dos desígnios divinos.

Tanto quanto é possível a uma simples criatura, ele teve proporção com o sublime encargo de ser esposo da Santíssima Virgem e pai adotivo do Verbo de Deus encarnado. Quanto isto significa!

* * *

Aproximava-se, porém, o tempo em que Jesus iria iniciar sua missão pública; a Virgem Maria não mais se encontrava na situação de uma jovem mãe que precisa de proteção diante de um mundo hostil e de línguas aleivosas. A missão de São José chegara magnificamente a seu termo, e ele agonizava placidamente.

De um lado e de outro da cama, Nosso Senhor e Nossa Senhora, emocionados, o contemplavam com amor e gratidão, tristes porque ele partia, mas supremamente consolados por saber que o aguardava a melhor das recompensas celestes.

Do lado de fora, como quer uma antiga tradição, a morte impaciente mas temerosa não ousava entrar para recolher sua presa, pois esperava um sinal do Altíssimo, postado ao lado do moribundo.

São José tivera sempre tal veneração pela Virgem Santíssima, uma ideia tão elevada de seus méritos e virtudes, tal respeito por sua virgindade imaculada, que jamais ousara tocar sequer um fio de seu cabelo.

Agora, posto ele em seu leito de morte, a Santíssima Virgem, como recompensa por tanta dedicação lhe segura a mão, num supremo ato de reconhecimento e amizade.

Aquele toque quase divino comunicou a São José, ainda lúcido, tal alegria sobrenatural, que ele, varão castíssimo, sentiu sua alma invadida por uma graça de superior virginalidade, como se a inundasse um rio de águas puríssimas, cristalinas e benfazejas.

Essa sensação inefável –– até então para ele desconhecida, porque acima do que a natureza humana pode alcançar –– o elevou a um patamar de indizível união com Deus, inacessível à nossa compreensão atual, mas que um dia no Céu ele poderá nos contar.

Estava São José nesse verdadeiro êxtase, quando sentiu pousar sobre seu ombro direito a mão amiga do Filho de Deus. Incontinenti, viu-se submerso em Deus, e Deus nele. Era a visão beatífica, não concedida até então a nenhum mortal, pois o acesso ao Céu fora fechado pelo pecado de Adão, e lhe era comunicada por antecipação, ainda que fugazmente.

São José notou em seguida que uma coorte de pessoas se aproximava dele. Reconheceu na primeira fila o patriarca Abraão e o profeta Moisés, seguidos de todos os justos que o haviam precedido com o sinal da fé. Só então ele se deu conta de que não estava mais nesta Terra, e que adentrara os umbrais do Limbo.

Todos os habitantes daquele lugar o interrogavam atropeladamente: Quando se consumará a Redenção? Quando nos será aberto o Paraíso celeste que tanto esperamos, alguns há milhares de anos? Como é o Filho de Deus? E sua Mãe Santíssima, como é a sua presença?

São José a todos respondia com atenção e bondade, mas já começando a sentir uma saudade imensa daqueles dois seres perfeitíssimos, com quem conviveu tão proximamente nesta Terra de exílio.

(*) Gregorio Vivanco Lopes é advogado e colaborador da ABIM

http://www.abim.inf.br/

 

A jovem carmelita que atingiu o mais alto píncaro da santidade

 

A jovem carmelita que atingiu o mais alto píncaro da santidade

No dia 1º de outubro a Igreja celebra a festa de Santa Teresinha. Neste ano temos duas razões a mais para a celebração: o transcurso do 140º aniversário de seu nascimento e 90º de sua beatificação.

Paulo Roberto Campos

Quem nunca ouviu falar de Santa Teresinha do Menino Jesus?(1)
A jovem carmelita francesa é uma das santas mais conhecidas e veneradas no mundo inteiro.Sua canonização em 1925 produziu em todo o orbe católico uma explosão de alegria.Apenas à cidade de Lisieux — onde se encontra a residência de sua família e o convento carmelita no qual viveu e entregou sua belíssima alma a Deus — acorrem aproximadamente dois milhões de devotos todos os anos.
O Brasil é especialmente devoto de Santa Teresinha e vinculado a ela de modo particular, por dois motivos que muito nos honram.

O primeiro é que a primeira igreja edificada no mundo (1924) em sua homenagem encontra-se no Rio de Janeiro, no bairro da Tijuca.

Buissonets: casa da família da santa

Em segundo lugar, o precioso relicário — conhecido como “a urna do Brasil” confeccionado para conter seus restos mortais — foi oferecido pelo povo brasileiro.

Multidões afluem às igrejas dedicadas a Santa Teresinha em todos os continentes.

Mas qual a origem de tão extraordinária glorificação popular?

— É a dor suportada heroicamente por amor de Deus, da qual nasce, segundo Plinio Corrêa de Oliveira, “a verdadeira glória”.

Primeira igreja dedicada no mundo em honra a Santa Terezinha, Tijuca RJ

E aos que buscam sofregamente a popularidade alhures, deixo este outro comentário do Prof. Plinio:

“A popularidade é a glória dos demagogos. A glória é a popularidade dos Santos e dos heróis”.

A Virgem de Lisieux desprezou a popularidade comum; foi exaltada às honras da celebridade mundial, é venerada como santa em todas as nações!

Com efeito, desde a mais tenra infância, a pequenina e inteligente Teresa almejou a santidade, romper com o mundo, e sofrer por amor de Deus e pela salvação das almas.

Com apenas quatro anos afirmara: “Serei religiosa em um claustro”. E, de fato, ao completar 15 anos entrou para o Carmelo.

 

Em seus manuscritos autobiográficos, intitulados História de uma alma,ela escreveu que desejava ser para Deus tudo ao mesmo tempo:

Lisieux, Carmelo, urna doada pelo Brasil

“Ser tua esposa, ó Jesus, ser carmelita, ser, por minha união contigo, a mãe das almas, isto deveria bastar-me… Não é assim…

“Estes três privilégios, Carmelita, Esposa e Mãe, são, sem dúvida, minha vocação. Entretanto, sinto em mim outras vocações. Sinto-

me com a vocação de GUERREIRO, de PADRE, de APÓSTOLO, de DOUTOR, de MÁRTIR.

“Enfim, sinto a necessidade, o desejo de realizar por ti, Jesus, todas as obras mais heroicas…

“Sinto em minha alma a coragem de um Cruzado, de um Zuavo pontifício. Quisera morrer sobre um campo de batalha, pela defesa da Igreja.

“Ó Jesus! Meu amor, minha vida… como aliar estes contrastes? Como realizar os desejos de minha pobre almazinha?.

“Ah, apesar de minha pequenez, quisera esclarecer as almas como os profetas, os doutores. Tenho a vocação de ser apóstolo […]”.(2)

Com apenas quatro anos afirmara: “Serei religiosa em um claustro”. E, de fato, ao completar 15 anos entrou para o Carmelo.

Na mencionada autobiografia, ela continua entusiasmadamente descrevendo que sentia-se chamada para grandes vocações — queria tudo, até mesmo derramar seu sangue lutando por Cristo e sua Igreja.

E Deus foi burilando a jovem carmelita, como se lapida a mais preciosa das pedras preciosas, para que essa belíssima alma, de dentro do claustro do

Foto feita em novembro de 1896. Sta. Teresinha,
a primeira à direita, um ano antes de seu falecimento.

convento, alcançasse graças para todas as grandes vocações — para os guerreiros, os padres, os apóstolos, os doutores, os mártires, enfim para que todos seus devotos atingissem o caminho da perfeição de modo acessível.

Em poucas palavras, São Pio X disse tudo sobre ela: “A maior Santa dos tempos modernos”.

E o Cardeal Vico afirmou: “A virtude de Teresa impõe-se com incrível majestade: a criança torna-se um herói, a virgem das mãos cheias de flores causa espanto pela sua coragem viril!”(3)

Com sua indomável força de alma, essa santa-cruzado é exemplo de vida, modelo do católico combatente, razão pela qual devemos recorrer à sua proteção. Tenhamos a certeza de que nos atenderá, pois ela mesma manifestou:

“O que me impulsiona a ir para o Céu é o pensamento de poder acender no amor de Deus uma multidão de almas que o louvarão eternamente.”

Ademais, prometeu: “Vou passar meu Céu fazendo o bem na Terra”. E ainda: “Depois de minha morte, farei cair uma chuva de rosas.”

Então, peçamos com confiança e seremos beneficiados por essa prodigiosa chuva de favores e graças, para nós e nossas famílias, para a Santa Igreja e o Brasil — neste momento tão trágico em que vivemos.
__________________
Notas:
1. Nascida em 1873 na cidade francesa de Alençon, entrou para o Carmelo de Lisieux em 1888, onde faleceu com apenas 24 anos, em 1897.
2. Manuscritos Autobiográficos. Carmelo do Imaculado Coração de Maria e Santa Teresinha, Cotia, SP, 2ª. edição, 1960, p. 244.
3. L’Esprit de Ia Bienheureuse Thérese de l’Enfant-Jésus d’apres ses écrits. Office Central de Lisieux, 1924, p. VIII.

 

ÀS VÉSPERAS DAS ELEIÇÕES, UM ALERTA À NAÇÃO

 

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MST e Via Campesina no Vaticano – Mensagem de D. Bertrand de Orléans e Bragança ao Papa Francisco I

 

 

 

 

 

 

Compartilhamos com a Mensagem do príncipe D. Bertrand de Orléans e Bragança. Tudo muito claro, respeitoso e oportuno.

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A pedido de amigo do site colocamos para download este novo livro sobre a vida de São Bernardo de Claraval e sua família.

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